terça-feira, 18 de junho de 2013

Individualidade

Todos, seres humanos, dotados da capacidade única de pensar, a cada geração que se inicia demonstra menos vontade de raciocinar e se individualizar. Não a individualização que torna o ser prepotente e esnobe crendo que aquilo que de fato interessa é somente o que pensa, o que faz e as benesses adquiridas para si; falo da individualidade nata e impregnada na própria palavra que traz em seu significado a característica de não ser dividido. Trata-se da personalidade própria, da preservação do próprio homem como ser único e diferenciado dentro de sua própria espécie.
O tempo passa e cada vez mais novos e velhos se submetem, se curvam aos modismos e às imposições midiáticas. O senso crítico foi substituído pela consciente autolimitação de informações, pela falta de vontade de ser cidadão e verdadeiramente atuante diante das questões sociais que os afetam.
A era tecnológica tem se encarregado de proporcionar a facilidade de acessos à informações, mas também deixado claro que a maturidade humana está bem aquém de sua própria condição de único ser pensante neste planeta. Os valores éticos e morais não são mais tão importantes e até a legislação não oferece os parâmetros regulamentares e uníssonos de conduta  para a sociedade. Hoje, o que de fato interessa é ter vantagens em tudo e sobre todos. É não se importar com os semelhantes e, se necessário, exterminá-lo.
Vivemos em uma sociedade que as atitudes coletivas deram lugar às particulares e mesmo defendendo a postura de individualização metassemântica da própria palavra, a grande carência humana está no exercício humano das faculdades pensantes e no exercício de outra capacidade somente concedida aos seres dessa espécie: amar o próximo.