Adeus.
Vai-te, que os meus braços te magoaram,
E o meu amor não beija!, arde e devora.
Foram-se as flores do meu jardim. Ficaram
Raizes enterradas, braços fora...
E o meu amor não beija!, arde e devora.
Foram-se as flores do meu jardim. Ficaram
Raizes enterradas, braços fora...
Vai-te! O luar é para os outros; e os afagos
São para os outros..., os que ensaiam serenatas,
Já a lua que nos lagos bóia pérolas e pratas
Não nasce para mim, que estou sem lagos.
São para os outros..., os que ensaiam serenatas,
Já a lua que nos lagos bóia pérolas e pratas
Não nasce para mim, que estou sem lagos.
Quando me nasce, é como um reluzir da treva,
Um riso da escuridão,
Que na minh'alma ecoa, e que ma leva
Por lonjuras de frio e solidão...
Um riso da escuridão,
Que na minh'alma ecoa, e que ma leva
Por lonjuras de frio e solidão...
Vai-te, como vão todos; e contentes, de libertos
Do peso de eu lhes não querer trautear mentiras.
Como serias tu, flébil flor de olhos de safiras,
Que me acompanharias nos deserto
Do peso de eu lhes não querer trautear mentiras.
Como serias tu, flébil flor de olhos de safiras,
Que me acompanharias nos deserto
Vai-te! Não me supliques que te minta!
Beijo-te os pés pelo que me oferecias.
Mas teu amor, e tu, e eu, e quanto eu sinta,
Que somos nós mais que fantasias?
Beijo-te os pés pelo que me oferecias.
Mas teu amor, e tu, e eu, e quanto eu sinta,
Que somos nós mais que fantasias?
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Muito obrigado.
"Uma palavra escrita é semelhante a uma pérola." (Johann Goethe)